quarta-feira, 24 de agosto de 2022


                                                         O CALAR DA SANFONA                       

                                                                                             Marcos Pinheiro-  Poeta manezinho.


Vou contar uma história que aconteceu a muito tempo... 

Exatamente no distante 18 de  agosto de 2022.

Tudo estava calmo em Piranhas, até que chega discretamente um bando, aparentemente desconhecido, no uniforme as iniciais TPM...

Eles sentaram ao lado da mesa de um tal de Altemar, sujeito famoso por estes lados. 

Nos primeiros minutos de praça, pouco antes de pedir um baião de dois, o líder do bando incomodado com a sanfona roncando absurdamente altamente, pediu para baixar. 

O sanfoneiro de nome Ximbóca, subiu nas tamancas.

Parou a música e fez um discurso inflamado, não aceitando qualquer interferência no oficio, mesmo que não isso representasse um espantamento dos clientes do boteco de onde ele se propôs a atrair.

Ao lado, se encontrava o Bando de Lampião com todos os imortais Cangaceiros. 

Acabaram de chegar da Grota do Angicos, Trazidos na ponta dos dedos rio acima pelo Catamaranero Célio de Claudia.

Maria Bonita com desejo de comer Lasanha.

Lampião, um pouco irritado com um cisco no olho bom!

Quando viu seu sanfoneiro preferido sendo enfrentado, começou uma dança riscando os facões no chão, as faíscas alumiaru a escuridão da praça. 

Capitão Nadaredo, vendo o furdunço que se formava, e que cabeças poderiam rolar, 

levantou o dedo, fez um sinal de negativo para o sanfoneiro, e saiu discretamente para o Porto de Piranhas, onde estava montado o acampamento. 

Trocou de roupa para não ser notado, e foi se abrigar no Solar dos Rodrigues sem sua Amada Galega.

Sentou na vaga cadeira, de onde ouviu muitas histórias do Coroné Celsão. 

Capitã Jackie e Tenente Celsinho do Canto, além do abrigo ofereceram uma costela acebolada com cuscús, coisa mesmo de outro mundo.

A chegada da Galega, deixa o Capitão calmo, após histórias escurtadas pelos dois, descemos suavemente a ladeira, já com a praça às escuras, sem riscos de vida, luminosos e sanfonas desgramadas...

Dia 19 de agosto, cedo, o famoso Carpinteiro e Canoeiro Breno Nazare, chegou na feira com a desculpa de comprar pregos de cobre, começa a espalhar a seguinte notícia:

 O bando do Capitão Nadaredo está lá praz  bandas das aguas brancas do Mateu.

A notícia se espalhou com rastilho de pólvora, chegou até os ouvidos em breve surdos de Ximbóca e seu bando.

Dia 20 de agosto, o bando Nadaredo adentra ao Velho Chico com todo seu balé natatório, assustando as andorinhas, que perdidas atacavam as canoas que acompanhavam os Nataceiros. 

Capitão Nadaredo regia a sinfonia a bordo da Canoa do Tenente Animal. 

Chegam a Entremontes, onde o povo tenenteado pela Tenente Marlene Sorriso, esperava de braços e pote de frutas abertos. 

Na tarde do mesmo dia, Tenente Isaac Bezerra, recebe a seguinte mensagem do Catamaranero Hugo de Zéfinha ....

 TEM BOI NO PASTO, A CERCA ESTÁ FECHADA, NÃO VAI FUGIR. 

Era a mensagem codificada, que significava que o Sanfoneiro estava na praça e não sairia tão cedo.

Tenente Isaac Bezerra, rapidamente reúne seu bando, o maior bando já visto por estas bandas, na frente na praça da Prefeitura.

O bando contou com presença da banda de Pífanos de grande mestre  Willamys.

O bando e a banda com todo o comando e imensidão de Nataceiros desce triunfalmente as ladeiras paralelepitadas de Piranhas.

Todos prafrentemente, caminhando, cantando derramando lagrimas de deixando liso a pedra alisada pela história. 

E quando chega na praça, o sanfoneiro dedilhava os últimos acordes para começar a altaria...

A comitiva dos sorrisos estaciona em frente a sanfona, a zabumba, o triangulo e começa espalhar alegria para todos os cantos da praça, menos para o contrariado sanfoneiro. 

Sim, parecia uma vingança premeditada, nas foi totalmente sem querer querendo. 

O sanfoneiro senta e chupa um picolé de mangaba! 

O bando segue prafrentemente até a glória para receber os CHUCAIOS DA VITÓRIA...


 

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