sexta-feira, 29 de outubro de 2010

POETA E EDITOR J.B.VIDAL ABRE SEU VOTO


POR QUE DILMA?
J B VIDAL
28/10/2010
O povo brasileiro, ao término dos governos do Presidente Lula, descobriu-se orgulhoso de
sua existência. É comentado e discutido fora das fronteiras geográficas e filosóficas.
É, hoje, respeitado como nação que produz riquezas e lidera a movimentação para a paz no
planeta.
O Brasil, hoje, caminha ao lado das grandes economias, discutindo o futuro com o peso da
sua moral ambientalista e do esforço para a erradicação da pobreza.
Todo esse presente, entretanto, custou muito caro aos brasileiros ao longo das décadas.
O caminho de mão dupla entre a Casa Grande e a Senzala foi construído com muito
sacrifício, dor e sangue, mas que, os brasileiros souberam suportar e superar em razão da fé
inabalável em Deus e no trabalho produtivo.
Tal momento grandioso é desprezado e odiado, aqui dentro, pelas organizações e pessoas
que se locupletam do estado brasileiro - e arrastam a trás de si uma parcela do povo
inocente e crédulo - pelas “heranças” decorrentes das capitanias hereditárias e mais
modernamente pela grilagem truculenta e as reservas de mercado – gerando atrasos e
sacrifícios. Até agora, Era Lula, o povo brasileiro era tido como “gente de terceira classe”, e
não somente os trabalhadores, as classes médias também, repudiadas algumas pela ameaça
de ocupar espaços reservados àqueles - hereditários e truculentos.
Enfim, o Brasil É.
Como dar prosseguimento a esta caminhada de crescimento econômico, social, intelectual,
tecnológico, de elevação moral e auto-estima? Como enfrentar as adversidades externas e
internas? Os interesses espúrios que nos rondam permanentemente montados na “grande
mídia familiar” sócia de todas as desordens?
Dilma, a intuição de Lula: “... quando a encontrei pela primeira vez, em uma reunião de
trabalho eu pensei: - esta é a mulher para comandar o Brasil, consolidar as conquistas e
avançar para um crescimento sem sobressaltos e sacrifícios –“
Dilma, a mulher, avó, mãe, amiga, inteligente, culta, ouvinte, forte, leal, competente,
decidida, corajosa, tranqüila e, comprovadamente, com grande amor por seu país e seu
povo.
Dilma, com uma história e um futuro que só o sonho de um povo sofrido pode formular, um
misto de Anita e Indira.
Por estas razões eu voto, convido meus filhos a votar pelos seus, meus netos, pelo povo
brasileiro, pelo Brasil – enfim uma Nação.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A paixão de experimentar - Ana Lucia Vilela



                                A PAIXÃO DE EXPERIMENTAR

Qualquer boca pode falar democracia. A ditadura no Brasil e em outros países já se justificou através do uso da palavra democracia. Mas democracia não é só palavra, democracia é uma prática que implica que as decisões sobre as formas da convivência devem ser tomadas pela coletividade, ou seja, por todos e cada um de nós. Alguém já disse que a política é o que nos divide acerca da forma sobre a qual vamos nos manter juntos. Desde que nos consideramos todos humanos (isso nem sempre aconteceu porque aos escravos africanos era-lhes negada a humanidade), nessa sociedade globalizada capitalista, vivemos todos juntos, nós, os japoneses, os ugandenses e os paquistaneses. E todos os outros.
Esse “juntos” é que é complicado. Pode ser mantido através da força. Pode ser mantido através do medo. Pode ser mantido através de um cotidiano colonizado pelo trabalho, pela televisão, pelo vídeo game e pelo celular. Mas, felizmente, de tempos em tempos somos chamados a discutir essas formas de nos mantermos juntos. Não só nas eleições, mas nas revoluções, nas greves, nas sublevações. Naqueles momentos em que sentimos que a forma de manter junto é a separação, como nos aparteids (onde brancos são considerados melhores que negros ou arianos melhores que judeus), nas ditaduras (onde aqueles no poder decidem a revelia da vontade da maioria), na exploração (onde há muitos que trabalham e poucos que usufruem), etc. Aí uma voz nos chama, e nos diz que há algo a fazer para mudar a forma pela qual vivemos juntos porque há muitas formas de viver junto que se apóiam na separação.
Houve momentos gloriosos no Brasil em que decidimos tentar viver junto de forma mais equânime, minorando a dor do outro e a nossa, apostando na felicidade e experimentando a felicidade de experimentar novas formas de viver. Experiências belas não apenas por seus resultados, mas pela vontade e ímpeto de experimentar o novo. Esse novo aconteceu algumas vezes na nossa história. Palmares é um exemplo. Revolta da catraca. A coluna Prestes. A luta pelo fim da escravidão. A Balaiada. Revolta dos tenentes. Sabinada. Revolta da chibata. Greves do ABC paulista.  Eleição de João Goulart. A votação pela volta das eleições diretas. Contestado. A passeata dos 100 mil. A eleição do operário e líder sindical Lula para presidente. E há muitos outros que nossa memória não deixa esquecer e que podem ser acrescidos nessa linda lista. Nesses momentos lembramos que não é qualquer paz que é aceitável, porque há sim, uma paz que se gera pela opressão, e Marcelo Yuka soube se interrogar e cantar "Qual a paz que eu não quero conservar, prá tentar ser feliz?"
São períodos históricos de profundas mudanças. Uns violentos, outros mais pacíficos. E todos nós já sentimos essa felicidade que não vem da certeza, mas da coragem de experimentar o novo. Quando dizemos não a um patrão abusivo, mesmo sabendo que o próximo período será difícil. Quando dizemos sim a um novo amor, mesmo sabendo o risco de perdê-lo. Quando mudamos de profissão porque a velha já não nos interessa mais. Quando ficamos grávidas mesmo sem ter as condições materiais necessárias. Nesses momentos a certeza declina ao chão, mas uma alegria inexplicável nos acompanha.
Eu trabalho na área da cultura e tenho visto, nestes últimos anos uma incrível democratização que vai até consultas públicas para formar as diretrizes das políticas culturais até a descentralização das verbas; vai desde o aumento significativo dessas verbas até a recente constituição do fundo para a distribuição das verbas de renúncia fiscal relacionadas à lei Rouanet. Eu não gostaria de retomar a discussão porque há muitos bons texto em que ela é feita. Os números e a política, na área da cultura não deixam mentir: o governo Lula foi o mais democrático, entendendo por democrático aquele governo no qual as políticas para cada setor são discutidas de forma igualitária entre os trabalhadores, os empresários, os usuários e consumidores deste setor e o governo. Vi o mesmo acontecer na educação e na comunicação.
O governo Lula teve a coragem de experimentar outro modelo de partição do produto social, (que é a riqueza gerada como resultado dos esforços de cada um e de todos). Essa coragem aumentou nossa certeza de que podemos mudar, de que não estamos predestinados, sentenciados, condenados a apenas uma forma de viver junto.
O que me parece fundamental na administração Lula, é o debate público, a instalação dos conselhos, a aposta no diálogo, a felicidade de descobrir que o nosso destino individual e coletivo nos é acessível.
Dilma é essa mulher cuja coragem é inegável. Dilma é a mulher que teve a coragem de errar e a coragem de acertar, “sem medo de ser feliz”. Coragem de não baixar a cabeça, coragem de, como disse Chico Buarque, "não falar fino com Washington nem falar grosso com Bolívia e Paraguai”. A coragem, enfim de assumir as responsabilidades pelo destino e de inventá-lo todos os dias. Essa é a arte, experimentar o novo, inventar novos destinos, novas formas de estar junto.
A felicidade não é a certeza do futuro. A felicidade é a certeza e a alegria na aposta de experimentar o novo.
DILMA É VOTO, ESPERANÇA E PRÁTICA DA ARTE E DA DEMOCRACIA. VOTO NA INVENÇÃO E NO NOVO.

Ana Lucia Vilela

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ESQUERDA X DIREITA. OPINIÃO DE MARGARETE AGUIAR



                          O que é ser esquerda e direita?
  Há pensamentos esquerdistas com componentes autoritários que se apressam em imprimir de ‘direita’ qualquer pessoa que se ‘desvie’ das concepções clássicas de esquerda, ainda que essa mesma pessoa tenha uma biografia de luta ao lado das causas populares, democráticas e ditas de esquerda. Marina Silva sofrerá com esse ‘ranço’ de setores da esquerda brasileira. Com essa preocupação de divisão, é possível que a história de vida da  mulher de luta, Marina Silva seja esquecida e reduzida simplesmente em ‘verde’ ou de ‘direita’. Por esse prisma, totalmente equivocado, um Delúbio Soares, por exemplo, é mais de esquerda e socialista do que a  ‘seringueira’ Marina Silva. Pode?
Nunca foi tão complexo como hoje, definir o que é esquerda e o que é direita.
Hoje, apoiam o PT figuras historicamente de direita como Collor, Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros, Henrique Meireles, entre outros. Pergunto:Agora eles são boas pessoas?Tudo que fizerem fica perdoado? Quem é mais direita, um Henrique Meireles filiado ao PT, PSB ou PC do B, ou uma Marina Silva filiada ao PV? É uma questão para ser refletida.
       Se os motivos que fazem você ser uma pessoa  de esquerda  é a luta pela construção de uma nova sociedade, de um ‘Novo Homem’ e se essa causa não vier acompanhada do respeito às diferenças, tolerância com o dissenso, combate à corrupção e um comprometimento com a questão do meio ambiente, você pode até estar em qualquer partido de esquerda, mas realmente de esquerda você não é.
Resumindo: Prefiro um democrata de direita à um tirano de esquerda. O fato de ser da Direita ou da Esquerda é algo relativo e não permanente, uma vez que um partido, por exemplo, pode estar de um lado em um momento e de outro em outro momento agindo conforme o jogo de interesses. Por isso, estas definições são simplificadoras e enganosas, uma vez que os valores de cada grupo podem se tornar bastante contraditórios.
Portanto, o que acredito e defendo são os valores individuais, que não têm lado. Sou do lado do pensamento livre, que não fica preso a defesas pré concebidas ( alheias aos fatos em si) e que se dá o direito de ser imparcial ao refletir sobre a atuação  de qualquer político dito de direita ou de esquerda que não passe pelo julgo  dos meus próprios valores.
       Desculpe me estender, mas essa é a visão que tenho de  cidadania, de desejo pela evolução do ser humano. Não compactuo com discriminação, com racismo, com defesa de uma única religião ou com qualquer tipo de divisão. Meus valores são de unificação e de respeito  a qualquer ser humano que faça por merecer, estando do lado que estiver. 
Um abraço.
Margarete

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Paulo Beringhs pede demissão AO VIVO



    Ainda tem jornalista sério. É raro mas tem.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

ESQUERDA X DIREITA


Para o filósofo Theodor Adorno,
"O que caracteriza a esquerda é o que iguala as pessoas.
 A direita, o que diferencia as pessoas."

domingo, 17 de outubro de 2010

Da série - Cercas.


 Acrilico sobre tela.esmalte sintetico,tela sobre tela.    1m30 x 1m02

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

TEMPOS FRÁGEIS- MARILICE COSTI

  Lembro que surpresa tive quando li pela primeira vez Saramago. A expectativa de uma leitura difícil e complicada se desfez em algumas páginas. Ficou só aquela surpresa maravilhosa de se ler algo escrito duma maneira simples  e  diferente. Tão simples e tão completo!  Tambem se repetiu em outras leituras,por exemplo João Noll,  José Cândido de Carvalho .  Cada um,  de seu jeito, nos pega pela maneira de escrever e contar sua história.  Numa atividade tão concorrida e repleta de talentos, é realmente muito bom  conhecer um novo estilo . Falei ESTILO  . Foi o que me aconteceu recentemente ao ler  Tempos Frágeis da Marilice Costi.  Espetáculo puro! Corte rápido ,seco, fundo sem sangue. Sem compaixão nem autocomiseração. Pequenos contos-crônicas .Com a síntese dum conteudo comprimido em pouco espaço sem perder absolutamente nada.Ou limitado ao essencial. Mas TODO o essencial.Com toda a emoção . Nada falta,nada sobra.  Aleluia Marilice !

terça-feira, 12 de outubro de 2010

PROGRAMA DO MES EM SÃO PAULO.


                           Para quem estiver em São Paulo nesta data, o show é imperdível.

VELAS NA LAGOA DA CONCEIÇÃO


acrilico sobre tela.  1m25  x  1m02

domingo, 10 de outubro de 2010

PERIPÉCIAS D'ALEM MAR - MIGUEL DIAS NA TURQUIA ÚLTIMA PARTE

  Há muitos anos vi uma foto em branco e preto do que seria “Catedral de Santa Sofia” em Istambul. Mais tarde fiquei sabendo que não se tratava mais de catedral e sim de uma mesquita; agora, apenas um museu. Tal foto me impressionou pela grandiosidade e senti desejo de conhecê-la.
      Então, nada me impelia a conhecer o povo turco que, para mim ainda soava como algo negativo. Criei-me em Rio Grande, perto da Rua 24 de Maio onde havia uma série de lojas de “turcos”, na verdade sírio-libaneses. É que “turco” era um nome genérico lá usado pra todo árabe, e continha algo de pejorativo. Se seguirmos a história de minhas raízes portuguesas e de minha criação pequeno burguesa, logo entenderemos a fonte deste preconceito em que fui criado.
            Com o passar dos anos, fui me interessando mais pelo assunto “povo”, no caso, o povo brasileiro, historicamente tão mal assistido. Meu interesse por conhecer Istambul era, ainda, reduzido ao efeito que tal foto produzira em mim. Já mais recentemente, passei a ficar curioso do povo que estaria por traz da mesma; comecei a imaginar a mistura de raças e costumes nesta conjunção Europa/Ásia e, desde o início deste ano, comecei a me preparar mentalmente para a aventura de decifrar este povo que sempre me surgira como vilão (filmes “Expresso da Meia Noite”, “Laurence da Arábia” e talvez algum outro de que não me lembre).
            Vim primeiramente para Lisboa, onde mora minha filha Letícia, a quem eu havia convidado para me acompanhar nesta vinda a Istambul, pois não me animava a me aventurar sozinho por terra tão estranha. Letícia, que acabara de passar um mês no Brasil, visitando a Amazônia, não estava a fim de mais uma viagem. Sentindo-me amedrontado com a idéia de vir sozinho, meio que adoeci (resfriado), senti dor no tornozelo direito... mas passados uns dias, melhorei e disse: “Vou, sozinho mesmo!”
            E aqui estou na maior disposição, comprovando que mais vale o estado de espírito. Ontem, terça-feira, acompanhado de Onur, turco, amigo de uma amiga de Letícia e que, além da língua turca, sabe um pouco de inglês (mais do que eu), dei uma volta pelas redondezas da Torre Gálata, culminando com a subida da torre. O passeio foi incrível por vários aspectos. Primeiramente que nunca havia passado tantas horas seguidas tendo que me comunicar em inglês; valeram-me as aulas com o Cristian, mas mesmo assim faltavam vocábulos, e Onur nem sempre sabia. Acrescente-se a isto meu interesse por assuntos subjetivos tais como a própria religião de Onur, que é muçulmano mas nem tanto, segundo o que entendi; está acontecendo o Ramadã e ele ora o leva a sério, ora não.
            Onur é percursionista e, para visitarmos a torre, levou-me por uma rua com uma infinidade de lojas de instrumentos musicais; pelo menos cem metros só de tais lojas, com alguma exceção, e isto dos dois lados da estreita rua. Vi uma loja só de tambores do tipo que ele usa; como qualquer tambor que se preze, eles tem coro onde se bate, mas o corpo é de cerâmica. Ao voltarmos da torre, levou-me à escola onde ele estuda e pratica sua arte; lá estava o professor e mais dois alunos, ensaiando à meia luz numa sala acusticamente isolada: os sons são incríveis. E ainda há quem diga que percursionista não é músico. Pouco antes, na rua, assistira e filmara um músico tocando harpa turca acompanhado por outro ao vilão: lindíssimo!
   A torre Gálata, construída pelo rei de Bizâncio em 528, foi tomada pelos turcos otomanos em 1453, quando estes derrotaram os bizantinos e passaram a dominar o Estreito de Bósforo, que é um ponto da fronteira entre Europa e Ásia, antigo caminho das caravanas que levavam especiarias do oriente para o ocidente. Para quem não sabe, os turcos passaram a impedir a passagem das caravanas e isto foi que levou os portugueses, então primeira nação organizada com suas naus para enfrentar o “Mar Grande”, a tentar chegar às Índias contornando a África. Tal data, que quase coincide com a invenção da imprensa (1439) por Gutenberg, é, pelos historiadores, apontada como o fim da Idade Média e início da Moderna. Esta torre ficou sendo uma espécie de símbolo da conquista, pois, segundo me contou Onur, o então imperador do império bizantino, vendo-se muito inferior em forças para resistir, cedeu graciosamente a cidade, poupando-a.
            Segundo está no ingresso (15 liras turcas), a torre tem 61 metros de altura e 140 acima do nível do mar (no Google está tudo diferente!); é construída de pedras brutas amalgamadas (isto eu vi) e tem um elevador que dá acesso a um restaurante chic lá no alto; sobe-se uma escada e há outro restaurante; no mesmo nível, sai-se e há um passeio estreito, protegido por uma grade e que contorna a torre. Muito turista, mas a vista, que abrange o Bósforo, o Corno Dourado e a velha Istambul, é espetacular; vale o aperto.
                                                           MIGUEL OLHANDO O BÓSFORO
            Hoje, finalmente, visitei o Museu Hagia Sofia (do grego: Sagrada Sabedoria). Foi reconstruída (no feminino, pois foi catedral e, posteriormente, 1453, mesquita) entre 532 e 537 pelos bizantinos. É uma construção bem envelhecida, com seu piso, todo em mármore, com bastantes desníveis e algumas colunas visivelmente inclinadas. Atualmente está sendo restaurada (UNESCO?), pois os turcos, negando o cristianismo, haviam encoberto com emplasto todas imagens cristãs (vide Google, se quiser saber mais). Ainda bem que não retiraram os mosaicos, que ainda apresentam algo, podendo ser restaurados. A construção é monumental; para se ir a um nível superior, donde se vê todo interior por cima, sobe-se por uma seqüência de rampas (ao invés de escadas) com paredes de tijolos sem revestimento: um túnel mal iluminado e um tanto tenebroso.
.           O dia de hoje amanheceu chuvoso. Cansado de ontem, achei ótimo e fiquei pelo hotel, organizando as coisas e iniciando este escrito. Pensando na possível ida ao interior de Sofia e me sentindo mais inclinado para assuntos subjetivos a respeito do povo turco, pareceu-me que eu não me ia surpreender ao ver a velha catedral/mesquita, primeira inspiradora de minha vinda até aqui. À tarde prometia chover mais mas, já descansado, resolvi sair assim mesmo e esperava ver o interior do prédio um tanto escuro. Saí, tomei o trem, começou a aparecer o Sol e fez-se uma linda tarde fresca, e isto me proporcionou uma visita perfeita, com ótima luz do entardecer para mudar todo meu estado de espírito que, repentinamente, se deslumbrou diante de tanta grandiosidade, tanta ostentação, fruto da vaidade humana.
            A obra é realmente monumental e ninguém a pode olhar, ver, e ficar indiferente.
            Quanto ao povo turco... Bem, depois eu conto!
            miguel angelo
 
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