quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

                                               AMOR COM PÃO.


 


Amor ou Interesse?

Miguel Ângelo

A melhor definição de amor que já encontrei, foi num chiste judeu: “Amor é como manteiga: melhor com pão.”
Por outro lado, vivo espantado com a banalização da palavra amor! Quanta vez já ouvi casais se tratando de “amor!” e se xingando... briga das brabas...
Quando jovem, fiquei chocado ao ouvir, num filme russo, a expressão: “Tudo é interesse”. Hoje concordo plenamente... Sim, no Universo tudo é interesse. Até um simples elétron fica “desesperado” em busca de um núcleo. Já os humanos embaralharam os conceitos e muitos denominam amor o que é simples interesse.
Interesse é condição de pessoa interessada; não necessariamente interesseira: a primeira é honesta; a segunda, vil.
Então, amor não existe? Sim, existe, mas não da forma falaciosa como é vulgarmente tratado. Amor é coisa fina, delicada... Tá lá o bolo: Amor é a cereja! É o toque final depois de tudo que interessa. É, modo geral, algo fugaz, quase imperceptível, que encima uma obra constituída de profundo respeito.
Sim, respeito, palavra chave nas relações humanas. Pode haver respeito sem amor, mas não pode haver amor sem respeito, ou seja: Um profundo respeito por alguém é quase amor, é um limiar.
Grande armadilha é a expressão cristã: “Amai-vos uns aos outros!”, uma exigência que nos remete à posturas hipócritas. Bem mais eficaz será passarmos a “exigir”: “Respeitai-vos uns aos outros!” O amor, se tiver que emergir desse contexto, virá naturalmente, mas não pode ser exigido, ordenado, nem cobrado; respeito, sim.
Respeito é quase amor... Uma passagem que, se bem “pavimentada”, pode nos levar a esse sentimento tão nobre, à cereja!
Já o tão decantado “amor materno” é outra discussão; tem elementos viscerais envolvidos... Pode ficar para outro momento. Por ora:
“Respeitai-vos uns aos outros!”
 
Real Time Web Analytics