segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ADEUS MOACYR SCLIAR - Por Marilice Costi- Revista O Cuidador


 Moacyr Scliar colaborou na primeira edição da revista O Cuidador  (2008).
 

                     


Quem valoriza a palavra, pode conhecer a alma.
É assim que lembrarei do escritor que nos deixou recentemente. Scliar foi o primeiro escritor a acreditar na revista O CUIDADOR. Colaborou na primeira edição em 2008(texto que republicamos na íntegra no portal da revista).
Lastimamos profundamente sua partida. Sempre disponível, deixou-nos mais órfãos de humanidade.
Sentiremos falta de suas palavras certeiras e de sua escrita acolhedora.
Que aonde estiver, lance o seu olhar de ternura e de bondade especialmente sobre seus cuidadores, sua família.
Obrigada, querido cuidador!
Marilice Costi
editora-chefe
revista O CUIDADOR - Orgulho de Ser
acesse http://www.ocuidador.com.br/

MOACYR SCLIAR

                  Saudação do homem escritor e médico ao primeiro número da Revista O Cuidador Avalizando assim também a idéia da publicação dirigida a quem cuida. 


     QUEM CUIDA DOS CUIDADORES?

Em geral as pessoas entendem "curar" como o conjunto de medidas que tornam alguém livre de uma doença ou de um problema de saúde. Mas a palavra latina tem outro, e mais amplo sentido. "Curar" é "cuidar". E isto é importante porque, em primeiro lugar, nem todas as doenças podem ser simplesmente eliminadas. À medida que aumenta a expectativa de vida, e que as pessoas chegam a idades mais avançadas, aumenta o número de problemas crônicos para os quais não existe solução definitiva e que exigem, portanto, cuidados constantes. Por outro lado, mesmo quando existe cura no sentido de um medicamento ou procedimento eficaz, é preciso que alguém auxilie o doente a fazer uso desse medicamento ou procedimento. Portanto, precisamos de cuidadores, e cada vez mais precisamos deles.
O que torna uma pessoa cuidadora? Alguém dirá que se trata de uma vocação especial. Isto existe em muitos casos, mas não basta. Cuidar não é apenas questão de generosidade, é questão de técnica, de conhecimento. E exige dedicação. Os dias se passam, as semanas, os anos, e os problemas que invalidam a pessoa, que a fazem sofrer estão ali presentes, às vezes melhorando, às vezes se agravando. Isto significa que a pessoa precisa renovar, às vezes diariamente, às vezes hora a hora, a sua disposição para cuidar do outro. Ou seja: os cuidadores precisam ser cuidados. Há muitas maneiras de fazê-lo, desde o treinamento até formas de suporte psicológico. Mas quem tem experiência nesta área sabe: uma coisa que funciona é a gratidão. A gratidão da pessoa que está sendo cuidada, de seus familiares, de seus amigos. Um simples "obrigado" pode fazer muito pelo cuidador ou pela cuidadora. Esta palavra é, ela própria, um cuidado, uma verdadeira cura para os revezes que encontramos em nossa existência e em nosso trabalho, particularmente quando este diz respeito à doença. Cuidemos dos cuidadores. Assim estaremos cuidando de nós mesmos e da humanidade como um todo.

Moacyr Scliar (1937-2011) escritor gaúcho, cidadão do mundo.


Fonte: O CUIDADOR, a revista dos cuidadores. Porto Alegre, 1a. ed., 2008/1, p.5.

DA AMIGA MARGARETE DE CRICIUMA

                                aula de marketing

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

REVISTA O CUIDADOR

O CUIDADOR – Ano III = 14ª.
Como saber se estamos no trajeto de vida que nos trará realização? Movidos pela energia coletiva, esta edição da OC é um depoimento dessa construção. Confira na matéria sobre drogadição, a importância dos monitores nas casas terapêuticas para usuários de drogas, o movimento da família de quem tem transtorno bipolar, a continuação do relato de Milena, a o mito estudado por Campbell, no artigo Jornada do Herói, as fases da vida. Em qual delas estás? Bliss? Reconheça o chamado!
Nossa equipe homenageia as cuidadoras pelo Dia Universal da Mulher com literatura e orientação sobre violência às mulheres, teste e informações sobre a Lei Maria da Penha. E também sobre as cuidadoras públicas invisíveis em tantos lugares no Brasil, assim como estiveram as enfermeiras e as vivandeiras na Guerra do Paraguai. Mulheres heroínas? Muitas, de todos os tipos. O quanto nos construímos – umas com as outras – ao compartilhar singularidades! Mas somos iguais na possibilidade de dar colo: o acolhimento também fundamental aos cuidadores homens. 
Boa leitura!
Marilice Costi
editora@ocuidador.com.br

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Trem bala da China: Você desce sem que seja preciso o trem parar

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O SENTIDO DA VIDA


      Lembrando meu pai, quando jovem, ele não tinha uma religião. A um irmão (um tio que não conheci e cujo nome nem sei) tuberculoso e que estava já nas últimas, ele pediu que, quando morresse, lhe viesse dar um sinal dizendo-lhe sobre a “vida do outro lado”, se houvesse. Contou-me ele (meu pai, é claro) que nunca teve um retorno do espírito de seu irmão, mas que, quando conheceu minha mãe, católica praticante, e por ela se apaixonou, que viu nesse encontro da mulher amada um sinal, uma resposta, de seu finado irmão.
            A partir de então, meu pai José conectou-se à Igreja Católica e passou a seguir à risca os preceitos daquela religião. Chegava a ser engraçado, pois quando mudava de papa, ele também mudava de opinião. Dois anos após a morte de minha mãe e pouco antes de ele morrer, e antevendo o fim, tentou, usando do recurso da chantagem emocional, convencer-me a casar pelo religioso, pois eu, desde jovem não mais católico, casara apenas pelo civil. “Estou no fim e quero te fazer um pedido; tu fazes?” “Se for possível faço.” Respondi, já imaginando o que vinha. “Quero te pedir que te cases pela Igreja.” “Pai, nos evangelhos Cristo fala inúmeras vezes criticando os hipócritas - respondi e continuei – o pai sabe que não sou católico e que, se quiser casar pela Igreja terei que passar por católico, o que seria uma hipocrisia. O pai quer ter um filho hipócrita?”
            Sem argumento, não insistiu mais, e assim ficamos sem atritos nem compromissos. Ele, por seu lado, continuou apaixonado por minha mãe que ele iria encontrar no Céu, e assim viveu seus últimos tempos. Morreu com 92 anos e deve estar do lado da Lenira. Ou será que não?
            Que importa? Crendo nisto, ele viveu tranqüilo, isto sim importa. Na vida vale no que cremos. Coerência... ele tinha alguma. Quando não somos coerentes, somos corroídos internamente. O falso jogo das aparências é o pior que alguém pode fazer por si mesmo. Se o mundo vai mal é porque um número exagerado de indivíduos vive em desacordo com o que pensa que pensa. Sim, é isto mesmo: pensam que pensam, pois repetir as idiotices televisivas, por exemplo, é não pensar, é se deixar conduzir feito bobo. Por este caminho, a vida realmente nunca vai fazer sentido.
Sentido à vida, cada um pode dar o seu; melhor ainda quando há, no mínimo, uma pitada de entusiasmo.
miguel angelo
 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O DESABAFO DA GABRIELA BREGGUE

            Campeche tá indo neste caminho??


Boa Tarde Dilamar.
Realmente não devemos nos calar diante de tantos abusos por parte dos poderosos que querem apenas enriquecer e não estão nenhum pouco preocupados com a história do local, com as pessoas que ali moram e se identificam com a cultura, a preservação do bairro e a qualidade de vida de todos.
É importante que nos mostremos presentes e atuantes na luta contra essa destruição disfarçada de progresso da nossa história.
Acho ótimo que usemos a internet para fazer o bem e repassar o que de fato é de interesse público, pode publicar em seu blog
Mais uma vez obrigada.
Gabriela Breggue.


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SHOW DO BEN HARPER.



PEÇO QUE PAREM 2 MINUTOS PARA LER.

Amigos,
quero compartilhar/argumentar com todos vocês a indignação dos verdadeiros moradores do Campeche com relação ao Show do Ben Harper que a Skol está promovendo e financiando.
A nossa comunidade era um lugar habitado por poucas famílias nativas que viviam da pesca e da prática açoriana de produção artesanal de farinha e  foi agraciada pela generosa beleza natural de uma praia grande e linda e uma ilha que guarda muito sobre a história dos nossos antepassados. Como qualquer outro bairro da ilha foi crescendo, terrenos foram sendo vendidos até que recebeu a praça em homenagem ao primeiro campo de aviação da cidade, onde dizem as más línguas ter recebido o escritor de O Pequeno Príncipe, Antonie de Saint-Exupéry. No qual deu-se o nome de uma avenida importante do bairro a Avenida Pequeno Príncipe, principal acesso à Praia do Campeche.
Muito o Campeche cresceu a partir daí recebeu asfalto, material de construção, supermercado, posto de gasolina, imobiliárias, grandes empreendimentos, lixo, esgoto, destruição, construções em APP (Áreas de Preservação Permanente) e claro o Cacau menezes fazendo propagando do novo point da ilha a "Praia do Riozinho”, como se o Pico do Riozinho virasse uma nova praia idependente da Praia do Campeche. E que como prevíamos deu certo, grande poder de convencimento têm um apresentador do Jornal do Almoço da RBS Tv programa visto por grande parte da população florianopolitana.
Nesta última sexta-feira dia 28/01 no Diário Catarinense o colunista Marcos Espíndola teve o desprazer de falar mal dos moradores do Campeche por promoverem uma manifestação não só contra o Show do Ben Harper (de lastimável impacto ambiental) mas contra também as especulações imobiliárias. Fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a3189688.xml&template=3916.dwt&edition=16383§ion=1315.
E como um bom desinformado, o colunista Marcos cometeu uma grande gafe... Vamos ao princípio: O riozinho do campeche nunca foi chamado de Rio do Rafael, este aliás já existiu, porém foi extinto por uma família muito poderosa que comprou o terreno que compunha o rio e claro o destruiu, que nascia na Lagoa da Chica. O nome verdadeiro é Rio do Nóca (Zeferino Breggue - meu bisavô) e antes de receber este nome era chamado do Rio João Francisco (João Francisco Breggue - meu tataravô), meu avô Reduzino Zeferino Breggue, o Seu Gino, conta que esse rio nasce na Lagoa Pequena e desemboca na praia. Ele lembra que este rio era usado pela comunidade para lavar roupas e os tipitins (balaios usados da farinhada e lavados no rio), diz, que chegavam carros de boi cheio destes e que já existiu até jacaré no local.
Agora vamos ao que interessa. Toda a família da minha mãe, nasceu e cresceu no Campeche, têm as raízes açorianas fincadas nesta terra, e eu fui criada em meio a uma cultura linda onde cada vez que entro na casa de meus avós peço a benção deles para dirigir-lhes a palavra. Não posso deixar que falem mal, e principalmente notícias equivocadas com erros sérios em um jornal de grande circulação da cidade.
Este bairro sofre com uma péssima infra-estrutura para receber turistas têm pouquíssimos hotéis e pousadas, não há estacionamento nem para quem visita a praia fora da temporada imagina para um Show que deslocará aproximadamente 15.000 pessoas. Onde essas pessoas estacionarão seus carros??? E o que é pior o palco e toda a estrutura para receber esse show está alocado em uma APP (Área de Preservação Permanente). Já derrubaram o Bar do Seu Chico com o argumento de que àquela construção infringia as leis ambientais. Tudo bem, lei é lei e deve ser cumprida, mas então que se aplique a todos e não simplesmente sirva para os que não tem dinheiro para comprar a vista grossa, a autorização e o silêncio de alguns. Espalharam empreendimentos por todo o bairro, cada dia encontro mais lixo na praia. ONDE NOSSO BAIRRO VAI PARAR???
Não quero ver a história deste lugar tão encantado ir pelo ralo. Precisamos perceber que esse Show é uma estratégia para trazer cada vez mais turistas para a ilha, sem poder dar-lhes a estrutura que prometem nas propagandas, banners, folders, outdoors e etc. Fila a alguns anos atrás era raro, e hoje??? Até fora de temporada nos deparamos com as estressantes filas, coisa que era “privilégio” apenas de São Paulo e outras cidades grandes. Como vai ficar nossa cidade depois de receber 15.000 pessoas para esse show??? Mais especulação imobiliária, mais condomínios, mais prédios, mais construções irregulares, mais filas, menos esgoto tratado, menos infraestrutura, menos capacidade de acolher tanta gente interessada em morar nessa ilha que não foi feita pra comportar tanta gente! Esses políticos e empresários só querem saber de rechear seus bolsos com dinheiro, não pensam no bem estar da população, não ligam para a qualidade de vida de quem paga os impostos... Quanto mais dinheiro para eles melhor. E para responder a pergunta que o querido colunista ali de cima fez, VOTAMOS CONTRA SIM! Minha família votava todo os dias contra. Mas somos muito poucos, contra tanta gente querendo conhecer o Riozinho, o Campeche e Floripa. Sabemos que todos que vêm para a ilha se apaixona pelas praias, pela terra de gente bonita e simpática. Você que se mudou para Florianópolis a pouco tempo, que esse pouco tempo seja 20 anos, continua sendo considerado imigrante, se apaixonou pela cidade no instante em que colocou os olhos na ilha, imagina com as cenas que passam na nova novela da Globo, quantas pessoas não estão sonhando em morar aqui. E o show do Ben Harper, Donavon Frankenreiter e Tom Currem vai ser a oportunidade de vir assistir ao Show gratuito e conhecer a cidade, e posteriormente se mudar de vez para cá, porém sem investimento nenhum da prefeitura/estado em infra-estrutura para a cidade.
Como dizem por aqui essa ilha logo logo vai afundar.
Proponho o Boicote do Show, nada contra os caras, muito pelo contrário, acredito que se eles soubessem onde eles irão tocar não o fariam, são pessoas inteligentes e acreditam na preservação ambiental, e tocam muito. Mas não aqui.

Ajudem repassando ao maior número de pessoas conhecidas e vamos fazer um boicote. Não vamos ao show.
Espero que todos que se preocupam com o lugar onde moram, vivem ou passam férias, conscientize-se e participe desta grande mobilização pela preservação da Praia do Campeche.
Alguns sites interessantes:

http://cangarubim.blogspot.com/2011/01/moradores-protestam-contra-mega-show-no.htmlhttp://www.campeche.org.br/MCQV/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1http://www.campeche.org.br/MCQV/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1http://sambaquinarede2.blogspot.com/2011/01/blog-post_27.htmlhttp://www.manezinhodailha.com.br/Urbanizacao.htmhttp://www.campeche.org.br/amocam.htmhttp://www.jornaldocampeche.com.br/index.php

Gabriela Breggue da Silva

gabybreggue@gmail.comgabybreggue@hotmail.comgabybreggue@yahoo.com.br

Foto Reblogada do site PATONAUTA - Rudi Bodanese

Visita do primo Gilson Marcondes de Pato Branco.Papo descontraído junto a praia mais linda do planeta.Sem cigarros ,claro. é só um chips salgadinho de fabricação deles.
 
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