terça-feira, 31 de março de 2020



Quarentena: Imperdível Oportunidade para Reflexão











Há quanto tempo se fala no “Colapso”? Pois é, gente, ele chegou de carona num vírus. Quem diria? Hem? Esperávamos, quem sabe, um ataque de extraterrestres, uma guerra atômica, o choque de um asteroide, algo grande... Mas não, nosso “vilão” é invisível para os olhos, como diria Exupéry. Não veio de fora: nós o criamos(?...).
Mas não adianta ficarmos neste “Mea-culpa!”. Agora é aproveitar para ver como é que se pode viver em harmonia com nossos semelhantes. Como a ordem é severa: “Todo mundo isolado em seus núcleos residenciais!”, aproveitemos o ensejo para ver como é viver em tal circunstância.
Quando os humanos viviam nas cavernas ou em hordas, era-lhes indispensável se suportarem mutuamente, pois só em grupo eles seriam capazes de sobreviver às adversidades de então: as feras, dificuldades alimentares, água... Mas os humanos “evoluíram” e, neste processo, se tornaram mais e mais individualistas, egoístas... violentos... A tal ponto que, em suas elucubrações, grande parte (ou maioria) dos filósofos, são de opinião que o homem é naturalmente o maior inimigo do homem. Tal afirmativa se baseia na história, mas a história ainda não terminou, i. é, ainda temos tempo para mais um capítulo: “O pós colapso”.
Sim, esperança... Jamais tive tanta. Vírus não é um inimigo palpável, contra o qual as armas convencionais funcionam. Venha de facão, de canhão ou drone teleguiado e veja se consegue combater vírus. Este bichinho exige a união das pessoas, cuidados mútuos, solidariedade e cooperação. Não dá pra ficar xingando o vírus: perda de tempo. É se concentrar no social, aparando arestas.
Grandes mudanças surgirão no social. Não é apenas uma crise econômica, é muito mais. Se você é religioso, reze que pode lhe aliviar a consciência, mas a cura virá - com toda certeza - da ciência compartilhada. E mais: este vírus é apenas o primeiro... Outros virão e, se a humanidade não aprender algo agora, vai continuar apanhando até aprender... ou ser exterminada.
A coisa é séria, meus amigos: o mundo não vai acabar agora, mas você pode ir exercitando um convívio social menos egoísta, mais compartilhado. Momento para praticarmos o respeito pela sensibilidade do outro; para ouvirmos mais. Ser forte não significa ser capaz de derrubar paredes, mas ser capaz de desfazer barreiras sociais sutis, discutir, negociar situações: Desenvolver a habilidade da comunicação.
Enfim, é tempo para muita reflexão; preparação para o novo tempo que virá a seguir. Sim, porque nunca mais será como antes. Esse consumismo vazio, estúpido, está com seus dias contados. Ou mudamos ou sucumbimos.
miguel angelo
 
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