sexta-feira, 26 de novembro de 2010

PRECONCEITO


Mudanças
Mudar, para alguns, incomoda.
Relembrando, o 14 de julho de 1789, Queda da Bastilha, foi o dia adotado para comemorar a Revolução Francesa que, de forma violenta, pôs fim à monarquia e instituiu a Democracia como modelo de governo. É uma data, se não festejada, pelo menos alardeada como notória e benemérita no mundo ocidental.
Não há forma de governo perfeita, mas a menos injusta é realmente a democrática, desde que o povo que a adota tenha acesso ao conhecimento e seja educado para tal. Na democracia, em princípio, os direitos são iguais para todos cidadãos, e não só para alguns, ou seja, as oportunidades devem ser iguais para todos.
Recentemente, há apenas oito anos, fazendo uso deste direito, um ex-retirante nordestino chegou à Presidência da República.  – Soou inusitado – Sim, na cabeça de uma sociedade preconceituosa, era inadmissível: um semi-analfabeto tomar as rédeas da nação brasileira. O descontentamento se tornou tamanho que transbordou nas declarações da paulista, estudante de direito, Mayara Petruso - "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!" – pondo às claras o sentimento de muito brasileiro.
Alguém poderá alegar que se trata apenas de uma garota inconseqüente; pois bem, poucos dias depois da ocorrência acima citada, um desastrado Luiz Carlos Prates, psicólogo(!), comentarista da RBS-SC, homem culto mas profundamente preconceituoso,  declarou claramente, só que em outras palavras (“Hoje, qualquer miserável tem um carro...”) , que o caos no trânsito é devido ao acesso do povo aos bens de consumo. Este anti-cidadão, 67 anos de idade!, está aí, pregando o ancien régime – velho regime – ao vomitar – em horário nobre! - sua sabedoria retrógada nos ouvidos de nosso povo através do mais penetrante meio de comunicação de Santa Catarina.
Toda mudança incomoda: é o reordenamento das coisas. Um povo inteiro, viciado em velhos hábitos, não se adapta de um dia pro outro - leva teeempo... Até para os beneficiários é complicado, que dirá para os que perdem regalias. O que pode ajudar é uma tomada de consciência, um certo desapego, um certo “valorizar o outro”, como pessoa  com mesmos direitos. Não dar esmolas e sim distribuir renda. No início assusta, mas, com o tempo, veremos que é o melhor caminho.
Toda mudança tem seu lado positivo; olhemos por este ângulo!
miguel angelo
 

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