quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Do poeta Aldo Votto,inspirado pela ilha


QUATRO NOMES

Aldo votto

Sopra o vento uma pensa luz que se pôs
E bafeja o tempo um jálito antigo,
Enquanto o artesão isento de abrigo
Vende até quatro nomes num grão de arroz.

Com trilha sonora do acordeão roto
E percussão de bateria rasgada
Passam muitos no cenário calçada,
Poucos percebem seu senso ignoto:

A arte está na rua; imanente,
Diluta nos ares,praças e labores,
Mitigando o drama,o fim e a torrente,

Enxertando tantos tons,sons e cores
Ao tardo dia-a-dia de toda gente,
Dando bom gosto aos seus dissabores.

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